Amor e Revolução

Fiquei sabendo que hoje iria estrear a nova novela do SBT "Amor e revolução" que retrataria a ditadura militar. Como atualmente a TV padece de boas novelas, achei que seria interessante assistir a novela. Na maioria das vezes pode-se sentir se uma novela será boa ou não apenas por assistir ao seu primeiro capítulo. Algumas vezes porém não dá para ter essa noção, uma vez que algumas novelas começam com muito ritmo para prender o telespectador mas vão se perdendo ao longo do caminho.

Novela de Tiago Santiago Amor e Revolução ao meu ver começou com um ritmo frenético, não deixou o telespectador respirar. Manter esse ritmo durante toda a novela não vai ser nada fácil. O estilo de troca de cena é bem dinâmico o telespectador brasileiro não está aconstumado e pode não gostar, mas isso não desmerece a trama. Mas com medo de não segurar o telespectador pelo conteúdo, a novela apelou para a  nudez, Lúcia Veríssimo e Licurgo Spinola, aparecem nus de costa, protagonizam cenas quentes dentro de um rio e os seios dela ficam a amostra durante um longo tempo. Isso me lembrou uma outra novela brasileira de trama exelente mas que pecava pela apelação Xica da Silva.

A trilha sonora da novela está exelente, vários sucessos da ditadura regravados por outros artistas, como Cálice de Chico Buarque repaginado por Pity. Mas confesso que as vezes quando tocava Caetano parecia mais que estava assistindo a "Anos Rebeldes" novela da Globo que ficou marcado por esta música.

Outro ponto alto da novela foi o depoimento dado no final por uma mulher que viveu e sofreu a ditadura. Ela conseguiu retratar o sentimento de como todos sofreram com isso, inclusive as crianças, inclusive uma das cenas que mais me tocou foram as crianças filhas de comunistas sendo levadas embora.

E ela encerra seu depoimento é encerrado com a seguinte frase:

"Não se consolida uma democracia com cadáveres insepultos"