Revista Cláudia: Você já abortou. Isso muda a compreensão desse drama nacional?Luiz Brunet: Casei aos 16, engravidei aos 17. Não tinha estrutura para ser mãe. Meu marido me entendeu. Fiz o aborto como quem vai à padaria comprar bala: não sabia dos riscos até de morte. Com o passar do tempo, fui ficando incomodada, e isso pesa até hoje. Tenho uma profunda tristeza, imagino como seria esse filho com 30 anos. Aborto não é fácil. Entendo a dor de quem opta por ele. O governo deveria adotar campanhas, como faz contra o cigarro, para prevenir a gravidez. A legislação pune quem faz, a sociedade mete o pau. As mulheres estão morrendo em abortos clandestinos ou ficando com sequelas. A informação benfeita evitaria os dramas.
Fonte: http://www.claudia.abril.com.br/
"Deus deu ao homem inteligência pra saber que o sexo não é o maior meio de se alcançar o prazer e a felicidade. E sexualizaram nossa sociedade como se fosse o maior meio." Frase de Uruaçu News
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